Longa-metragem “A Cidade Onde Envelheço” estreou este mês em circuito nacional
Grande ganhador do Festival de Brasília de 2016, com quatro prêmios, o longa-metragem “A Cidade Onde Envelheço” estreou este mês em circuito nacional e está em cartaz no Cine Belas Artes (Rua Gonçalves Dias, 1.581, Lourdes, Belo Horizonte). Dirigido por Marília Rocha, o filme traz como mote a relação de duas amigas portuguesas, que migram para o Brasil em momentos diferentes, a intimidade entre elas e suas visões sobre as peculiaridades do País. Uma das cenas foi gravada em 2014 no Terminal Rodoviário Governador Israel Pinheiro (Tergip), em Belo Horizonte. A obra está sendo exibida diariamente até 22 de fevereiro, às 19h30, com ingressos promocionais: R$12 (inteira) e R$6,00 (meia).
A diretora se inspirou na história da atriz Francisca Manuel, uma das protagonistas do filme, para desenhar o roteiro do longa. Para ela, o paradoxo vivido pela atriz entre a saudade de casa e, ao mesmo tempo, o desconforto de voltar à terra natal foi a principal fonte de inspiração.
A história se passa em Belo Horizonte. A produção aborda de maneira natural e espontânea as barreiras e estranhamentos culturais entre Brasil e Portugal do ponto de vista de duas imigrantes de personalidades bem diferentes. Enquanto Francisca (Francisca Manuel), que já vive no Brasil há um ano, tem um olhar um pouco mais crítico sobre o comportamento dos brasileiros, Teresa, recém-chegada à capital mineira e com fome de novas descobertas, tem uma visão mais leve sobre os hábitos locais. O contexto do filme é envolvido pelo próprio dilema da dupla: se é possível se sentir em casa onde quer que se esteja. Tudo isso é embalado por uma trilha sonora que inclui Jonnata Doll & Os Garotos Solventes e Jards Macalé.
Aclamado pela crítica e pelo público no Festival de Brasília de 2016, o longa conquistou os troféus de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Atriz (Francisca Manuel e Elizabete Francisca) e Melhor Ator Coadjuvante (Wederson Neguinho). O filme também foi o grande vencedor no XX Festival de Santa Maria da Feira e ganhou o prêmio do Júri no Doclisboa, o prêmio de Melhor Longa pelo Júri Jovem do Panorama Internacional Coisa de Cinema e Melhor Filme do Festival de Biarritz de Cinema Latino-americano. Em sua carreira, circulou pelos principais festivais de cinema mundo afora: Rotterdam, San Sebástian, Janela Internacional de Cinema e Chicago, entre outros.
Sinopse e ficha técnica
Francisca, uma jovem emigrante portuguesa morando no Brasil, recebe em sua casa Teresa, uma antiga conhecida com quem já havia perdido contato. Teresa acaba de chegar e vive momentos de descoberta e encantamento com o novo País, enquanto Francisca anseia por Lisboa. O filme acompanha as aventuras de cada uma pela cidade e a profunda ligação que nasce entre elas, obrigando-as a lidar com desejos simultâneos e opostos: a vontade de partir para um país desconhecido e a saudade irremediável de casa.
Ficha técnica
Ficção | 2016 | 99’ | Brasil-Portugal
Classificação indicativa: 12 anos
Diretora: Marília Rocha
Elenco: Elizabete Francisca Santos, Francisca Manuel, Paulo Nazareth
Sobre a diretora
Marília Rocha dirigiu os filmes “Aboio” (2005), melhor filme no festival É Tudo Verdade; “Acácio” (2008); e “A falta que me faz” (2009), melhor filme Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo. O festival Dockanema, em Moçambique, apresentou uma retrospectiva de sua obra em 2011; no mesmo ano, ela foi homenageada com uma mostra especial no festival Visions du Réel, na Suíça. É parceira de Clarissa Campolina e Luana Melgaço na produtora Anavilhana.
O Tergip
Inaugurado em 1971 como o maior e mais moderno terminal de passageiros da América Latina, o Terminal Rodoviário Governador Israel Pinheiro é responsável pelo transporte de aproximadamente 10 milhões de passageiros por ano. Além de sua atividade principal, o embarque e desembarque de passageiros, o Tergip também oferece diversos serviços à população, como os serviços de alimentação, bancários, correios e lotéricas. A estrutura, de mais de 45 mil m², movimenta, diariamente, média de 40 mil pessoas.
Desde 1º de março de 2016, o Tergip é gerido pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), que, mediante convênio com o Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem (DEER), passou a ser responsável pela administração das atividades e instalações do Terminal, visando o estímulo ao turismo no Estado. Comprometida com as diretrizes do Governo estadual em prol dos mineiros, a nova gestão tem trabalhado para oferecer segurança, conforto e bem-estar a seus usuários. Outras informações: www.codemig.com.br.