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Conselho de Administração da Codemge retoma encontros presenciais com reunião inédita em Araxá

13 de outubro de 2021
Para todos verem: Conselheiros e diretores sentados à mesa, em sala de reunião do Grande Hotel de Araxá

Pela primeira vez na história da Codemge, o Conselho de Administração da Empresa reuniu-se em Araxá, nesta quinta-feira (7/10). A ação inédita marca a retomada das atividades presenciais do órgão, que estava encontrando-se virtualmente em face da pandemia de covid-19. Os conselheiros e diretores da Companhia também visitaram as minas, a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) e a Companhia Mineradora do Pirocloro (Comipa), além do Grande Hotel, onde ficaram hospedados após a reabertura do empreendimento há cerca de um mês.

“É muito importante estar aqui, em Araxá, conhecer a história e o presente, para construirmos o futuro”, ressaltou o Presidente do Conselho, Paulo Antônio Spencer Uebel. Na abertura da reunião histórica, ocorrida em sala de convenções do Grande Hotel, Uebel enalteceu a iniciativa, organizada pela Secretaria-Geral da Codemge, e salientou a perpetuação do valor do nióbio.

Para todos verem: Conselheiros, diretores e Secretária-Geral sentados à mesa, em sala de reunião do Grande Hotel de Araxá

Além dele, participaram do encontro em Araxá todos os demais conselheiros de Administração: Alécia Paolucci Nogueira Bicalho, Edsoney Max Alves, Helger Marra Lopes, Milton Nassau Ribeiro, Marcus Leonardo Silberman e Wagner de Freitas Oliveira.

Para todos verem: Conselheiros, diretores e Secretária-Geral sentados à mesa, em sala de reunião do Grande Hotel de Araxá, com participação virtual do Presidente da Codemge, que aparece em projeção de videoconferência

Os diretores Bruno Estéfano Teixeira (Diretoria Jurídica), Eduardo Zimmer Sampaio (Diretoria de Participações), Humberto Ribeiro Peixoto (Diretoria de Gestão de Ativos e Mercado) e Mateus Ayer Quintela (Diretoria de Administração e Finanças da Codemge e Presidência da Comipa) também estiveram presentes. Após retornar da missão mineira aos Estados Unidos, o Diretor-Presidente da Codemge e da Codemig, Thiago Coelho Toscano, acompanhou o encontro virtualmente, de Belo Horizonte. A Secretária-Geral, Amanda Souza Lima Rodrigues, também integrou a reunião. Estiveram ainda na visita a Araxá a Gerente de Recursos Humanos, Marina Campos Morici, e o Analista de Comunicação Marcello Machado.

Para todos verem: Conselheira Alécia Bicalho, Presidente do Conselho de Administração, Paulo Uebel, e Conselheiro Wagner Oliveira
Para todos verem: Secretária-Geral da Codemge, Amanda Rodrigues, Diretor de Participações, Eduardo Sampaio, e Conselheiro Helger Lopes
Para todos verem: da esq. para dir., Conselheiros Marcus Silberman e Edsoney Alves e Diretor de Gestão de Ativos e Mercado, Humberto Peixoto

Visita à CBMM

Para todos verem: comitiva da Codemge participa de almoço na CBMM; os participantes estão sentados à mesa, assistindo a uma apresentação feita pelo Presidente da CBMM, Eduardo Ribeiro

A comitiva da Companhia foi recebida pelo Presidente da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, Eduardo Ribeiro. Outros gestores da CBMM acompanharam a visita juntamente com ele: o Diretor Industrial, Rogerio Contato; o Diretor Financeiro, Alex Amorim; e a Gerente Executiva Jurídica, Renata Ferrari. Os conselheiros e diretores da Codemge visitaram diversas instalações da empresa parceira, na quarta-feira (6/10).

A Codemig e a CBMM são sócias na Comipa, empresa de gestão compartilhada que tem como finalidade a lavra do minério das minas que são objeto dos direitos minerários concedidos à CBMM e à Codemig.

Para todos verem: Diretores e conselheiros da Codemge, com diretores da CBMM, à frente de mina de nióbio

As atividades de mineração são realizadas a céu aberto, sem uso de explosivos. A operação de lavra é executada pela Comipa em cerca de apenas três quilômetros quadrados, por tratores de esteiras, pás escavadeiras, carregadeiras e caminhões. O minério extraído pela Comipa é vendido com exclusividade para a CBMM, que, em seu complexo industrial, beneficia e industrializa, transformando o minério em produtos industrializados de nióbio.

Cerca de 2 mil pessoas trabalham na CBMM, além de gerar outros empregos indiretos, como profissionais de obras, por exemplo. A capacidade produtiva de ferronióbio (principal produto industrializado comercializado pela CBMM) foi ampliada, de 100 mil toneladas/ano para 150 mil toneladas/ano, mais do que o suficiente para abastecer toda a demanda mundial, que é hoje de aproximadamente 120 mil toneladas/ano.

Para todos verem: mina de nióbio

Atualmente, a CBMM atende mais de 50 países e responde por cerca de 80% do mercado mundial de ferronióbio, carro-chefe da empresa, destinado à siderurgia e responsável por mais de 90% do volume de vendas. A CBMM ocupa, assim, a posição de principal fornecedor mundial de tecnologias e da linha completa de produtos relacionados ao nióbio, tendo a expectativa de praticamente dobrar até 2030 as necessidades de produção.

O complexo industrial da CBMM conta com diversas unidades, incluindo concentração, refino e metalurgia, óxido de nióbio, óxidos especiais, ligas especiais e nióbio metálico, além de embalagem e expedição. Ao todo, há mais de 15 etapas de beneficiamento e industrialização para produzir o produto final de nióbio, tendo à disposição 17 plantas produtivas. Para 65 toneladas de minério, é produzida 1 tonelada de produto final a ser expedido.

Para todos verem: Conselheiros visitam instalações da CBMM

A comitiva conheceu também o Centro de Tecnologia da CBMM, um dos mais completos centros de pesquisa de nióbio do mundo. Os projetos são direcionados para otimizar os recursos naturais, insumos e processos utilizados no beneficiamento mineral e na industrialização de produtos de nióbio, bem como desenvolver novas aplicações para os produtos. De acordo com a CBMM, são investidos de R$ 180 milhões a R$ 200 milhões por ano em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento), havendo hoje uma carteira com cerca de 150 projetos de tecnologia.

Para todos verem: Profissional da CBMM em frente a uma tela de monitoramento de barragens

A equipe também visitou a sala de monitoramento de barragens. O parque industrial da CBMM tem oito barragens, sendo que uma é destinada à contenção de sedimentos, outra é para a acumulação de água fresca, quatro são para a disposição de resíduos/rejeitos do processo de concentração de nióbio, e duas estão em fase de descaracterização. As estruturas passam por verificações e avaliações constantes, garantindo elevados padrões de segurança, com monitoramento 24 horas e redundância em todos os controles.

Empresa genuinamente brasileira, a CBMM é uma sociedade por ações de capital fechado, com 70% do capital pertencente ao Grupo Moreira Salles e 30% distribuídos por dois consórcios pertencentes a China, Japão e Coreia do Sul. A CBMM trabalha de forma contínua para contribuir com a expansão do mercado mundial de produtos de nióbio.

Para todos verem: Conselheiros visitam unidade de expedição da CBMM
Para todos verem: latas contendo ferronióbio, em formato de pedras de cor prata
Para todos verem: Conselheiros e diretores junto com a equipe da CBMM em campo verde, após participarem da plantação de árvores

Visita à Comipa

Para todos verem: o Presidente da Comipa, Mateus Quintela, recebe os demais participantes da Codemge na sede administrativa da Comipa

Na visita a Araxá, o grupo de conselheiros e diretores também esteve na sede administrativa da Companhia Mineradora do Pirocloro, na tarde de quarta-feira, 6/10. O Presidente da Comipa, Mateus Ayer Quintela, recebeu os demais participantes, que puderam conhecer as instalações e a equipe da empresa.

De acordo com ele, esta foi a primeira visita em grupo dos conselheiros à Comipa — e após o recente processo de melhoria da governança na entidade. “A iniciativa da visita foi fundamental, principalmente para que nos enxerguemos como sócios, acionistas, em uma interação maior, que não se limita a uma mina de pirocloro e traz benefícios”, ponderou Ayer.

Segundo o Gerente Administrativo da Comipa, Dartagnan Viana, a equipe da empresa é formada por 168 colaboradores. Destes, 33 estão no âmbito administrativo, e 135, no operacional.

Para todos verem: Conselheiros, diretores e Secretária-Geral em frente à sede administrativa da Comipa

A parceria entre a CBMM e a Codemig consiste no arrendamento das suas minas à Comipa, responsável pela extração mineral. A Comipa vende o minério à CBMM, que o beneficia e industrializa, comercializando produtos industrializados do nióbio. Em virtude da parceria, a Codemig e a CBMM celebraram uma Sociedade em Conta de Participação (SCP), em que a CBMM é a sócia ostensiva, com o objetivo de possibilitar o pagamento à Codemig 25% do lucro líquido da CBMM. Desse modo, a Codemig é remunerada na SCP em 25% do resultado gerado na operação da cadeia de valor do nióbio.

O acordo com a CBMM foi iniciado em 1973, prorrogado automaticamente em 2002 e válido até 2032. Como acionista majoritária da Codemig, a Codemge usufrui da participação desta na SCP — a Codemge tem 51% de participação na Codemig, e o Estado de Minas Gerais tem 49%.

O nióbio

Para todos verem: ferronióbio, em formato de pedras na cor prateada

O nióbio é um metal de transição, descoberto em 1801 pelo químico inglês Charles Hatchett. Em meados do século XX, esse elemento começou a ganhar maior relevância.

As características do nióbio, como alta condutividade térmica e elétrica, maleabilidade e alta resistência à corrosão, ao calor e ao desgaste, conferem ao metal a capacidade de melhorar as propriedades de materiais, tornando-os mais eficientes. Por esse motivo, o nióbio é hoje utilizado em diversos setores, como os de mobilidade urbana, infraestrutura, distribuição e geração de energia de fontes renováveis, com diversas aplicações tecnológicas.

Usado principalmente em ligas metálicas e em aços especiais, o nióbio confere aos compostos importantes propriedades, permitindo seu emprego na fabricação de turbinas de aeronaves, automóveis, de tubulações de gás, placas para plataformas marítimas, pontes, viadutos e edifícios, além de aparelhos de ressonância magnética, marcapassos, sondas espaciais, foguetes, componentes eletrônicos e baterias.

Outras aplicações incluem a fabricação de vidros e de cerâmicas especiais, usadas em receptores de televisão e outros equipamentos; a produção de catalisadores químicos; usos em aparelhos de medicina diagnóstica, e até mesmo em aceleradores de partículas de alta energia. Novas ligas e compostos que utilizam o nióbio seguem sendo desenvolvidas, o que deve ampliar o leque de aplicações do elemento e aumentar a demanda por sua extração.

Desse modo, o nióbio tem papel fundamental em inovações tecnológicas para o desenvolvimento de materiais inteligentes e mais resistentes, com maior segurança, leveza, performance e eficiência. Também ajuda a resolver complexos desafios de engenharia, elevando a eficiência de materiais, a economia, a liberdade de design e a segurança, com maiores resistência e tenacidade e de maneira mais sustentável.

A propósito, para garantir um futuro movido por energia renovável, o uso de materiais desenvolvidos com a tecnologia do nióbio traz resultados consideráveis. Entre eles, estão a geração e o consumo de energia limpa, baterias mais seguras, de carregamento rápido, com maior vida útil e densidade energética, bem como soluções de armazenamento mais eficientes.