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Águas minerais do Parque de Lambari permanecem adequadas para consumo

31 de janeiro de 2019

A Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) informa que as águas minerais das fontes localizadas no Parque das Águas de Lambari permanecem adequadas para o consumo pela população, de acordo com os resultados da pesquisa geoambiental SIGA Circuito das Águas. Esse estudo foi realizado ao longo de 2018, com duração de 11 meses, e suas conclusões foram apresentadas em evento ocorrido na sede da Codemge em dezembro/2018. A iniciativa permitiu atualizar e aprofundar os conhecimentos técnico-científicos sobre áreas de fontes hidrominerais na Bacia do Rio Verde, abrangendo as estâncias de Caxambu, Cambuquira, Marimbeiro, Conceição do Rio Verde e Lambari.

Em Lambari, a pesquisa verificou que a concentração de nitrato nas fontes do Parque (entre 4 e 5 mg/L) está dentro do limite estabelecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que é de 11,3 mg/L. Isso significa que essas águas seguem com índices de potabilidade adequados.

Cabe pontuar que os valores de nitrato nas fontes LMB01, LMB02, LMB03 e LMB04, que variaram de 4 a 5 mg/L, chamam atenção para um possível uso sanitário inadequado ao redor do parque ou mistura das águas minerais com águas subterrâneas contaminadas por esgoto, o que pode provocar alteração da qualidade das águas. A causa mais provável dos índices apurados de nitrato nessas fontes é a urina, dentre outras possíveis. Portanto, embora as águas do Parque estejam plenamente dentro dos parâmetros sanitários para consumo, é necessário que o poder público e a sociedade zelem constantemente pela preservação do local.

A pesquisa no Circuito das Águas aponta que a comunidade tem papel fundamental na efetividade da educação ambiental para preservação desse bem natural e dos locais de captação das fontes, bem como das áreas dos parques e de seus entornos. Cabe a todos os cidadãos zelar pela qualidade da água que sai das fontes e pelo meio ambiente, evitando contaminação, combatendo a poluição e o uso inadequado das águas, por exemplo.

Segue trecho do livro SIGA Circuito das Águas referente ao Parque das Águas de Lambari – pag. 426:

“Os valores dos parâmetros hidroquímicos foram comparados aos padrões estabelecidos pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) na resolução RDC nº 274/2005. Na Tabela 8.7.5 são apresentados os valores máximos permitidos (VMP) dos elementos analisados neste estudo para águas minerais.

Tabela 8.7.5. Valor Máximo Permitido (VMP) segundo RDC 274/2005. ParâmetrosUnidadeVMP
Arsêniomg/L0,01
Báriomg/L0,7
Cádmiomg/L0,003
Chumbomg/L0,01
Cobremg/L1
Cromomg/L0,05
Manganêsmg/L0,5
Nitrato (como N)mg/L11,3

Não foram verificados valores superiores ao VMP para nenhum ponto amostrado dentro do parque. Entretanto, os valores de nitrato nas fontes LMB01, LMB02, LMB03 e LMB04 variaram entre 4 e 5 mg/L, o que pode indicar mistura de águas subterrâneas de aquíferos superiores locais (contaminados por esgotos), com as águas minerais, próximo às zonas de captação dessas. Outra possibilidade pode ser o uso sanitário inadequado de área vizinha ao parque, o que pode provocar alteração da qualidade das águas.”

O documento que reúne todos os dados do projeto SIGA está disponível gratuitamente no site da Codemge: www.codemge.com.br/atuacao/mineracao/publicacoes/. Viabilizada mediante contrato com a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), a ação recebeu investimento em torno de R$ 2 milhões. Os resultados trouxeram uma nova compreensão da origem e dos fatores influenciadores das águas minerais na região. Outras informações sobre o estudo estão disponíveis em: www.codemge.com.br/pesquisa-inovadora-revoluciona-entendimento-sobre-origem-e-circulacao-das-aguas-minerais-no-sul-de-minas/.

Dados sobre medidas de vazão de parques e balneários estão publicados no site www.codemge.com.br/transparencia/parques-e-balnearios/.