O governador Antonio Anastasia visitou, nesta segunda-feira (21), as obras da Sala de Concertos da Estação da Cultura Presidente Itamar Franco, em Belo Horizonte. O prédio abrigará a sede da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, que, desde sua criação, em 2008, já foi aplaudida por mais de 300 mil pessoas. O empreendimento está sendo erguido em um terreno de 14.400 mil metros quadrados, localizado no Barro Preto, região Centro-Sul da capital mineira.
O governador cumprimentou operários, conversou com arquitetos e engenheiros responsáveis pela construção e pôde fiscalizar o andamento das obras, iniciadas em março deste ano. As fundações já foram concluídas e a etapa atual é de levantamento da estrutura metálica e de concreto, construção das alvenarias e instalações hidráulicas e elétricas.
“Fizemos esta visita às obras da Estação de Cultura Presidente Itamar Franco e, em especial, à casa da orquestra que será sede da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. A obra vai em excelente ritmo. Quero cumprimentar à empresa responsável pelas obras, aos empregados e trabalhadores. Esperamos que, no ano que vem, tenhamos aqui um equipamento entregue à cultura não só de Minas, mas de todo o Brasil, de altíssima qualidade, não ficando nada a dever às melhores casas de espetáculo do mundo”, afirmou o governador.
Segundo os responsáveis pelas obras, os desafios desse empreendimento são únicos, devido ao cuidado especial em relação à acústica da sala. Todas as etapas são cuidadosamente acompanhadas por especialistas, já que qualquer desvio em inclinações ou isolamentos inadequados podem interferir na propagação do som em um concerto sinfônico. Com previsão de conclusão em 2014, e investimentos da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), a obra gera cerca de 500 empregos diretos e outros 500 indiretos.
O local será um novo espaço cultural entregue à capital mineira e terá por missão inserir Minas Gerais no cenário internacional de música sinfônica. “Nós vamos entregar a Minas Gerais um equipamento que está tão bem concebido, tão bem planejado e executado que vai permitir a vinda de orquestras internacionais do primeiro time para Belo Horizonte. Já temos o Mineirão realizando grandes shows, estamos realizando as obras necessárias para que Belo Horizonte receba bem a Copa do Mundo. Agora, eu tenho certeza que, com a construção da sede da casa da orquestra, além dos investimentos que temos feito na área cultural, nós teremos um equipamento para atrair mais turistas para a nossa cidade e, mais do que isso, no turismo de negócio, vamos oferecer um atrativo especial para que tenham também uma atividade de lazer do mais alto nível”, destacou Anastasia.
Sala de Concertos
A Sala de Concertos terá espaço para 1.400 lugares e foi projetada para receber tratamento acústico diferenciado, com padrão internacional, e sistema de ajuste sonoro para repertórios distintos. O espaço contará com áreas de público, áreas técnicas e salas de ensaios individuais e coletivas, além de infraestrutura para gravações de áudio e vídeo, iluminação cênica, pontos de apoio para equipes de televisão, segurança e demais instalações dotadas de acessibilidade aos portadores de necessidades especiais.
Serão construídos quatro pavimentos de garagens, levando em conta a inclinação natural do terreno, o que resultará em um amplo estacionamento com cerca de 600 vagas, que atenderá ao público em noites de concertos, um importante diferencial em relação às casas de espetáculos existentes hoje. O projeto inclui uma ampla praça, que harmonizará o prédio com o seu entorno.
A acústica tem sido a principal preocupação e será comparável aos melhores exemplos mundiais. A intimidade entre a Orquestra e o público é um aspecto relevante neste projeto, sendo privilegiados parâmetros sonoros e arquitetônicos como proximidade, envolvimento e clareza. A Sala de Concertos terá um desenho inovador, incorporando terraços que se distribuem ao redor do palco e, ao mesmo tempo, resgata a estrutura básica das tradicionais salas de concertos em forma de “caixa-de-sapatos”.
Na fase de desenvolvimento do projeto foram realizados estudos acústicos incluindo um modelo físico em escala. Na maquete, foram testadas as qualidades sonoras do espaço e sugeridos ajustes que foram incorporados ao projeto. Além dos estudos em modelo, foram realizadas várias simulações em computador ao longo do desenvolvimento do projeto.
Fonte: Agência Minas, 22/10/13